John Terborgh e Michale Soule são dois grandes defensores do grande Corredor das Rochosas na América do Norte. Razão de um corredor tão extenso? Preservar grandes áreas com ecossistemas interligados permitindo a conservação dos grandes predadores. O Lobo é o emblema desta iniciativa. Sendo um grande predador capaz de matar presas do porte de um alce, o lobo assume um papel vital no estabelecimento da harmonia na cadeia alimentar. O lobo foi extirpado de grandes extensões florestais na América do Norte pelo homem. Entre as conseqüências mais notórias desta ausência provocada por ações intespestuosas do homem contra a natureza estava a difícil regeneração das florestas boreais no parque Nacional do Yellowstone. Poderíamos perguntar: o que o lobo tem a ver com a conservação das arvores no notório parque americano? Acontece que com a ausência do lobo e suas matilhas a patrulhar a floresta, suas presas começaram a se multiplicar de tal forma que ao longo de um curto período, o ecossistema florestal começou a dar mostras desta ação. Que ação? Veados e cervos estão entre as principais presas dos lobos. Na ausência do predador, as populações dos cervos e veados cresceram tanto que seu impacto na cobertura vegetal foi nefasto a regeneração florestal.
Com a reintrodução do lobo no Parque Nacional do Yellowstone a situação começou a reverter rapidamente e a harmonia na cadeia alimentar voltou a se manifestar. Hoje lobos perambulam livremente na area do parque e vizinhanças. Mais lobos foram colocados em outras unidades de conservação norteamericanas. Sendo grandes predadores, necessitam de grandes áreas para suas matilhas, assim como medidas apropriadas para sua conservação. Entre estas esta o Grande Corredor das Rochosas proposto por John Terborgh e Michael Soule.
O Sul brasileiro conta com um corredor natural ao longo das serras que margeiam o Oceano Atlântico. Em nossos ensaios anteriores temos batido sempre na mesma tecla da importância dos corredores naturais que contamos na Depressão Central, Serra Geral e Serra do Mar.
Por que chamo de corredores naturais? As florestas que situadas nas encostas das nossas serras estão categorizadas como APPs – Áreas de Preservação Permamente. Ou seja são áreas protegidas pela legislação federal. A denominação de corredores aplicada à estas encostas adicionaria valor as mesmas. Valor paisagístico e turístico, alem do que a nova legislação florestal permite algumas atividades extrativistas em alguns setores. Dai que “O Corredor da Serra Geral” acrescenta uma característica de valoração a região toda.
No caso do Corredor da Serra Geral, este atravessa uma região ocupada por pequenos proprietários que vivem da agroecologia e do turismo rural. A região atravessada pelo Corredor da Serra Geral encontra-se sob uma pressão intensa em alguns setores como no município de Grão Para que vem rapidamente substituindo sua floresta atlantica por reflorestamentos com pinus. Durante o processo a floresta atlantica e literalmente convertida em carvão.
O Corredor da Serra Geral corre perigo também pelo possível licenciamento da jazida de fosfato em Anitapolis. A operação desta jazida causara um grande dano a cobertura florestal da região comprometendo consideravelmente este corredor.
Por que importante a megaconservação? A Serra Geral e a coluna vertebral dos ambientes ainda bem conservados da Floresta Atlantica Sulina. Esta região abarca um numero muito grande de espécies. A rara Canela Preta (Ocotea catharinensis) ainda é encontrada em vários setores das encostas da Serra Geral e serras próximas como a Serra do Tabuleiro. A Canela Preta é uma das arvores presentes em florestas mais antigas e com características de matas primárias. Araucárias de grande porte ainda existem em alguns bolsões na Serra da Anta Gorda em Urubici.
O Gavião Real foi registrado nos últimos 15 anos na região e sugere que ainda conta com alguns casais vivendo nas encostas íngremes destas serras. O Gavião real Falso vive na conturbada região de Grão Para onde seu habitat está sendo carbonizado. Um numero significativo de espécies de mamíferos, anfíbios e aves vivem no Corredor da Serra Geral.
Mantendo o Corredor da Serra Geral teremos assegurada a conservação de um numero muito grande de espécies animais e vegetais.
Jornais ambientais online, como o Eco, noticiaram recentemente a parceria entre a gigante do processamento do soja Bunge e a ONG Conservation International no estabelecimento de corredores ecológicos ao norte de Tocantins e Piauí. Os ambientes sulinos conservados pelo Corredor da Serra Geral agradeceriam imensamente o engajamento da Bunge nesta campanha Pro-corredores movida pela Associação Montanha Viva. A troca do projeto pelo licenciamento e operação da jazida do fosfato em Anitapolis por outro socioambiental no Corredor da Serra geral melhoraria consideravelmente a imagem da BUNGE internacionalmente.
Com a reintrodução do lobo no Parque Nacional do Yellowstone a situação começou a reverter rapidamente e a harmonia na cadeia alimentar voltou a se manifestar. Hoje lobos perambulam livremente na area do parque e vizinhanças. Mais lobos foram colocados em outras unidades de conservação norteamericanas. Sendo grandes predadores, necessitam de grandes áreas para suas matilhas, assim como medidas apropriadas para sua conservação. Entre estas esta o Grande Corredor das Rochosas proposto por John Terborgh e Michael Soule.
O Sul brasileiro conta com um corredor natural ao longo das serras que margeiam o Oceano Atlântico. Em nossos ensaios anteriores temos batido sempre na mesma tecla da importância dos corredores naturais que contamos na Depressão Central, Serra Geral e Serra do Mar.
Por que chamo de corredores naturais? As florestas que situadas nas encostas das nossas serras estão categorizadas como APPs – Áreas de Preservação Permamente. Ou seja são áreas protegidas pela legislação federal. A denominação de corredores aplicada à estas encostas adicionaria valor as mesmas. Valor paisagístico e turístico, alem do que a nova legislação florestal permite algumas atividades extrativistas em alguns setores. Dai que “O Corredor da Serra Geral” acrescenta uma característica de valoração a região toda.
No caso do Corredor da Serra Geral, este atravessa uma região ocupada por pequenos proprietários que vivem da agroecologia e do turismo rural. A região atravessada pelo Corredor da Serra Geral encontra-se sob uma pressão intensa em alguns setores como no município de Grão Para que vem rapidamente substituindo sua floresta atlantica por reflorestamentos com pinus. Durante o processo a floresta atlantica e literalmente convertida em carvão.
O Corredor da Serra Geral corre perigo também pelo possível licenciamento da jazida de fosfato em Anitapolis. A operação desta jazida causara um grande dano a cobertura florestal da região comprometendo consideravelmente este corredor.
Por que importante a megaconservação? A Serra Geral e a coluna vertebral dos ambientes ainda bem conservados da Floresta Atlantica Sulina. Esta região abarca um numero muito grande de espécies. A rara Canela Preta (Ocotea catharinensis) ainda é encontrada em vários setores das encostas da Serra Geral e serras próximas como a Serra do Tabuleiro. A Canela Preta é uma das arvores presentes em florestas mais antigas e com características de matas primárias. Araucárias de grande porte ainda existem em alguns bolsões na Serra da Anta Gorda em Urubici.
O Gavião Real foi registrado nos últimos 15 anos na região e sugere que ainda conta com alguns casais vivendo nas encostas íngremes destas serras. O Gavião real Falso vive na conturbada região de Grão Para onde seu habitat está sendo carbonizado. Um numero significativo de espécies de mamíferos, anfíbios e aves vivem no Corredor da Serra Geral.
Mantendo o Corredor da Serra Geral teremos assegurada a conservação de um numero muito grande de espécies animais e vegetais.
Jornais ambientais online, como o Eco, noticiaram recentemente a parceria entre a gigante do processamento do soja Bunge e a ONG Conservation International no estabelecimento de corredores ecológicos ao norte de Tocantins e Piauí. Os ambientes sulinos conservados pelo Corredor da Serra Geral agradeceriam imensamente o engajamento da Bunge nesta campanha Pro-corredores movida pela Associação Montanha Viva. A troca do projeto pelo licenciamento e operação da jazida do fosfato em Anitapolis por outro socioambiental no Corredor da Serra geral melhoraria consideravelmente a imagem da BUNGE internacionalmente.